Imagine uma aplicação de encontros, mas em vez de procurar o par ideal, procura a experiência de viagem perfeita. É isso que as novas ferramentas de Inteligência Artificial (IA) estão a oferecer: um “match” entre o viajante e o destino, com base em preferências, comportamentos e motivações pessoais.

Pedro Santos, Diretor Geral da Foundever em Portugal, destaca que, tal como nas relações pessoais, a primeira impressão é fundamental. Mas no turismo, é a experiência consistente e personalizada que garante uma relação duradoura com os viajantes.

Segundo dados de 2024 do Turismo de Portugal, o país recebeu 31,6 milhões de hóspedes, sendo 19,4 milhões estrangeiros, com receitas turísticas a ascender a 27,7 mil milhões de euros. Este crescimento reforça a importância de oferecer experiências cada vez mais personalizadas, algo que só a tecnologia pode escalar com eficácia.​

A IA permite recomendações cada vez mais personalizadas, ao analisar histórico de viagens, preferências declaradas e comportamentos online para criar experiências adaptadas a cada cliente. Simultaneamente, a análise avançada de dados permite às empresas antecipar as necessidades dos viajantes, processando grandes volumes de informação para prever tendências antes mesmo que os clientes expressem essas necessidades.​

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O estudo “Navigating Disruption with Generative AI Strategies”, desenvolvido pela Foundever e pela ISG, confirma que o sucesso das empresas depende fundamentalmente de dois pilares essenciais: a personalização contínua da experiência, complementada por recomendações inteligentes fornecidas em tempo real, e a disponibilização de um apoio ao cliente disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, de fácil acesso e com suporte em múltiplos idiomas.

A tecnologia com empatia está a revolucionar o atendimento ao cliente no setor turístico. A análise de sentimento permite detetar estados emocionais e antecipar necessidades antes mesmo de serem manifestadas. Por exemplo, um sistema pode identificar frustração na linguagem de um cliente e automaticamente escalar o atendimento para um assistente humano especializado.

Com maior integração entre canais digitais e humanos, novos perfis profissionais, um foco crescente em sustentabilidade e impacto social, as experiências são cada vez mais personalizadas e intuitivas. Estas tendências emergentes são oportunidades concretas para as empresas que pretendem liderar a próxima geração de experiências de viagem.​ A questão já não é se devemos adotar estas tecnologias, mas quão rapidamente conseguiremos integrá-las para criar o match perfeito entre viajantes e destinos.​