Chegou à Avenida 24 de Julho, em Lisboa, o primeiro hotel de construção passiva em Portugal, com foco no turismo consciente, no design e na arte. A nascer a partir de um coletivo de artistas portugueses e belgas, este novo hotel pretende fundir a arte com a sustentabilidade.
“O novo hotel JAM junta o melhor dos dois mundos na capital portuguesa. A arte de conviver aliada ao turismo sustentável e, acima de tudo, consciente. Além disso, não queremos esquecer as suas raízes, por isso preservámos ao máximo a estrutura inicial e reaproveitámos todos os materiais que foi possível”, afirmou João Flosa, Diretor do hotel JAM Lisbon, em comunicado. Os artistas portugueses e belgas criaram assim um projeto moderno sob a alçada do grupo belga Nelson Group.
A construção passiva é um conceito de design que se define pela construção baseada em estratégias passivas, que resulta no baixo consumo de energia, garantindo um elevado conforto térmico dos espaços interiores. Ou seja, utilizar o mínimo de dependência de sistemas ativos, como, por exemplo, o ar condicionado, mas existir na mesma o máximo de conforto para os hóspedes. No caso deste novo hotel, esta filosofia está presente no consumo mínimo de energia, nos painéis solares e no sistema de recuperação de calor para a água do duche.
A estrutura das decorações e do próprio edifício é outro aspeto a destacar: desde os bancos, cadeiras e sofás no lobby do hotel, que são reaproveitamentos de materiais inicialmente usados para outros fins, até aos quartos, em que todo o mobiliário é adaptável para futuras necessidades que possam surgir.
A casa de banho com os canos expostos, os quartos com beliches e as janelas do chão ao teto criam um ambiente rústico e interessante para aqueles que estão fartos que os quartos de hotel pareçam iguais. Aqui, a cor e a diferença são bem vindas, com a madeira a ser um dos destaques, bem visível em qualquer uma das divisões do novo hotel.
Com estas diferentes componentes, o JAM Lisbon pretende criar ligações sociais e proporcionar um turismo mais consciente e autêntico. Para além disso, é também um propósito fazer deste espaço um palco para novos artistas e designers. Sendo que um dos grandes objetivos é a arte conviver com o turismo, a melhor forma de o fazer é criando espaço para quem quer participar.
E se, para si, um bom hotel tem de ter um bom restaurante, também não precisa de se preocupar. Os hóspedes do JAM Lisbon podem contar com um rooftop com bar e piscina ou descer até ao restaurante principal, MOJJO, onde o responsável de cozinha é Mauro Airosa.
O chef, que participou na edição de 2019 do programa "MasterChef Portugal" com 24 anos, mistura as técnicas, ingredientes e sabores desde a Ásia até Portugal, com mistura dos sabores africanos aos sul-americanos. Um dos bestsellers é a Dourada, Ravioli e Caldeirada (20€) que é, nada mais, do que ravioli de camarão e bacon, coberto com sashimi de dourada e molho de caldeirada.