Férias em Cabo Verde. Da segurança aos preços, saiba como é fazer o batismo de mergulho no Sal

Estivemos na ilha do Sal com a Soltrópico e descobrimos como é fazer mergulho. Agora, dizemos-lhe em que consiste a experiência e o que precisa de saber para a viver.
Férias em Cabo Verde. Da segurança aos preços, saiba como é fazer o batismo de mergulho no Sal
Atlantic Star

A TRAVEL MAGG passou uma semana em Cabo Verde, no Sal, com a Soltrópico. Uma das tardes ficou reservada para o nosso batismo de mergulho. Este é um exemplo das muitas atividades que pode vivenciar nesta ilha, como passeios a cavalo, buggy ou bicicleta elétrica.

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Ficámos hospedados no Oásis Salinas Sea, mas também conseguimos visitar outras unidades hoteleiras incríveis. O nosso batismo de mergulho aconteceu com a Atlantic Star, centro inaugurado em outubro de 2016, que está aberto ao longo de todo o ano, exceto a 1 de janeiro.

A Atlantic Star fica no areal do Sal, numa das melhores zonas para fazer praia, e em frente ao Hilton Cabo Verde Sal Resort. "Temos uma conexão com o Hilton, já que a empresa proprietária é a mesma", explica-nos António Martins, instrutor de mergulho há 12 anos e diretor-geral da Atlantic Star desde 2020.

"Os hóspedes têm um desconto de 10% em todas as atividades e também podem usufruir de algumas grátis pelo menos uma vez durante a sua estadia: paddle, kayak ou bodyboard", nota. A piscina exterior do Hilton está envolvida nos batismos de mergulho.

O nosso primeiro mergulho

Há todo um processo necessário quando se faz mergulho profissional. Desde uma aula teórica (numa autêntica sala de aula) a uma prática, passamos por diversas fases até estarmos (ou não) prontos para ir para o mar. São os instrutores certificados quem toma essa decisão.

"Cumprimos as normas de segurança em todas as atividades. Um instrutor só pode levar um máximo de quatro pessoas que não sejam certificadas para a água, nem mais um", assegura António Martins à TRAVEL MAGG. Um dos passos a dar é assinar um papel onde declaramos que aceitamos o risco de "falecimento, outros danos ou perdas".

No entanto, o cuidado com a segurança é notório. As dúvidas são todas esclarecidas pela equipa, que treina de forma repetida até ter a certeza de que estamos aptos para as próximas fases. Descobrimos em que consiste o equipamento e aprendemos a manuseá-lo, assim como sinais com os quais devemos comunicar (como um "fixe").

Da máscara às barbatanas, sem esquecer a garrafa e o cinto de lastro, o desafio começa ainda fora de água, já que não é fácil caminhar com todo o equipamento. A vertente prática começou na piscina do Hilton Cabo Verde Sal Resort, onde aprendemos, entre outras coisas, a limpar os óculos e a tirar água do respirador.

Devidamente instruídos, era hora de sermos postos à prova. Entramos numa pequena embarcação, dirigimo-nos para uma zona mais profunda do oceano e, a partir daí, começa a verdadeira atividade. Devemos atirar-nos de costas para o mar, sentados na borda do barco, e descer uma corda.

No dia em que fizemos o nosso batismo de mergulho, as condições do mar não eram as melhores. Estava agitado, o que prejudicava a visibilidade, e a corrente era forte. Por esse motivo incontrolável, não conseguimos viver a experiência na sua totalidade.

Mesmo assim, e graças a todo o apoio da Atlantic Star, conseguimos captar as noções básicas do mergulho e perceber que quem as ensina é verdadeiramente apaixonado por esta atividade, que, em dias bons, permite avistar espécies como raias, moreias, lagostas, tubarão-lixa, peixes-papagaio, peixes-sapo e caranguejo-aranha.

"Toda a gente que complete esta atividade recebe em casa o registo da PADI em como o fez", garante António Martins, sobre este registo que é feito na Professional Association of Diving Instructors, a maior organização de mergulho e exploração oceânica do mundo.

O batismo de mergulho com a Atlantic Star tem o custo de 79€. Este conceito "foi algo que os centros de mergulho inventaram para que fosse mais acessível às pessoas: preços mais baixos e mergulhos mais rápidos", elucida-nos o diretor-geral da empresa.

A agência de viagens Charming Travel, com sede em Lisboa, trabalha em parceria com a Atlantic Star, dispondo dos mais diversos pacotes, desenvolvidos à medida das necessidades de cada cliente.

O centro náutico Atlantic Star

"A ideia da Atlantic Star é sermos o único centro náutico. Uma pessoa que chegue aqui e que goste de desportos que envolvam o mar não precisa de procurar mais nada, nós temos tudo: mergulho, snorkeling, kitesurf, jetski, waterski, wakeboard, bodyboard, kayak, paddle…"

Assim, há opções para todos os elementos da família. Para quem não dispensa a adrenalina, para quem prefere algo mais calmo, para quem quer conhecer os vizinhos aquáticos ou para quem apenas quer ir dar um passeio marítimo.

Quanto às limitações de idade, "dependem da atividade e do estado do mar". Se as condições do mar não estiverem propícias, o cliente é contactado no sentido de tentar remarcar a atividade. Caso não seja possível, é feita a devolução do dinheiro.

"Temos uma atitude muito virada para o cliente. Ele chega, tem wi-fi, sofás, camas de rede, oferecemos água, café. Tratamos os clientes como se fossem amigos nossos. Tenho clientes que vêm quase todos os anos", conta António Martins à TRAVEL MAGG.

"Queremos dar qualidade. Temos bons barcos, acabámos de comprar mais um. Estamos sempre a atualizar os equipamentos para que tudo corra bem", garante-nos o diretor-geral da Atlantic Star. "O material de mergulho envolve coisas muito frágeis. Temos de fazer manutenção permanente, mesmo nos barcos", acrescenta.

As atividades mais procuradas pelos turistas portugueses são snorkeling e mergulho. "Estamos ligados aos maiores operadores de Portugal", menciona António Martins. A equipa é composta por mais de 20 pessoas de várias nacionalidades, tais como portugueses, polacos, franceses e cabo-verdianos.

Cabo Verde como destino para atividades náuticas

"As pessoas estão agora a descobrir Cabo Verde. Não temos problemas de segurança, não há nenhuma doença tropical. Estamos no meio do Atlântico. Os animais passam aqui no meio das suas rotas. Há muita fauna e boas condições para todas as atividades. Temos muita quantidade de peixe tropical e de tartarugas", refere António Martins.

"Meses que seriam maus, como fevereiro e março, foram meses muito bons. Não se nota tanto época baixa e alta", diz, quanto ao balanço de 2024. "A ilha do Sal é garantia de descanso, também pelo tempo. A água chega aos 30ºC em outubro e novembro", revela o português, que se apaixonou por mergulho.

"Cabo Verde é um destino de futuro. A água é muito quente, há novas espécies de peixe a aparecerem, como o tubarão-baleia. Tivemos um a 20 metros da praia em maio. Montes de baleias trazem os filhotes. As tartarugas aparecem cada vez mais", afirma António Martins, que vive em Cabo Verde há 12 anos.

"Há meses mais propícios para certas atividades. Cabo Verde é o destino do kitesurf. Os campeões do mundo são todos daqui.
De janeiro a abril é a melhor altura para praticar, porque está mais vento. Quanto ao mergulho, de setembro a novembro a visibilidade é de 40 metros, não há ondas e a amplitude térmica é de um ou dois graus", exemplifica.

Caso queira viver uma das experiências proporcionadas pela Atlantic Star, pode marcá-la pelo site, pelo WhatsApp (+238 584 44 26) ou de forma presencial, já na ilha do Sal.

Se partir de Lisboa rumo ao Sal a 18 de novembro e passar sete noites no Hilton Cabo Verde Sal Resort, num quarto para duas pessoas, com alojamento e pequeno-almoço, pagará desde 1460€ por pessoa, caso efetue a reserva com a Soltrópico, que dispõe de mais pacotes com taxas, transferes, bagagens voos e diferentes unidades hoteleiras.

*A TRAVEL MAGG esteve na ilha do Sal, em Cabo Verde, a convite do operador turístico Soltrópico

Fotos: @fabiomagsilva/OFFELLASAtlantic Star, Charming Travel e TRAVEL MAGG

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