Passou o dia a percorrer as encantadoras ruas de Milão e, quando deu por si, tinha a barriga a dar horas e a pedir um gelato ou uma fatia de pizza? O cenário de ir comprar estes snacks noturnos esteve prestes a deixar de ser possível.
Em abril, foi feita uma proposta para proibir a venda de comida e bebida durante a noite naquela que, em 2023, foi a segunda cidade mais visitada de Itália, segundo o "Idealista". Porquê? Para preservar a "tranquilidade" dos residentes.
A lei visava proibir a venda de comida entre a 00h30 e as 6 horas da manhã nos dias de semana e entre a 01h30 da manhã e as 6 horas aos fins de semana, informa "O Globo". Entraria em vigor a 17 de maio.
Esta lei, proposta pelo Conselheiro de Segurança e Proteção Civil do Município de Milão, Marco Granelli, abrangeria bairros como Brera, Ticinese, Darsena, Lazareto, Corso, Como e nas áreas de grande vida noturna Arco della Pace e Navigli.
Porém, a medida não foi bem recebida pelos comerciantes locais, que lucram bastante com as vendas noturnas, nem pelo secretário-geral da Confcommercio (que representa empresas que operam no comércio, no turismo e nos serviços), Marco Barbieri, que acredita que esta lei vai contra o senso comum, conforme relata a "CNN Brasil".
O presidente da câmara de Milão, Giuseppe Sala, adiantou que esta lei surgiu devido a "uma parte significativa da população se queixa do ruído excessivo". "Procuramos um equilíbrio entre sociabilidade e entretenimento, a paz e saúde dos residentes e a atividade económica livre dos comerciantes e empresários", comentou Marco Granelli, citado pela "Executive Digest".
Devido a toda a oposição, o plano acabou por cair por terra. Em vez disso, decidiram avançar com o foco apenas nas bebidas, especialmente as alcoólicas, optando por não banir a venda de gelados e de comida para take-away, assim como esclareceu a "Sky News".