
Evitar casas de banho públicas é quase um desporto para muitos viajantes. A verdade é que 51% das pessoas sentem alterações digestivas quando viajam, segundo um estudo recente da QS Supplies — e isso leva a comportamentos extremos: desde segurar tudo durante mais de duas horas até urinar numa garrafa por não haver alternativa.
Este levantamento, feito com mais de mil viajantes do Reino Unido e dos EUA, revelou que o medo de casas de banho desconhecidas é mais comum do que se imagina. A média de tempo que uma pessoa aguenta sem ir à casa de banho é de 83 minutos, sendo que os britânicos são os que mais resistem. O motivo? A higiene (ou falta dela) dos espaços públicos, seguida de maus odores e ausência de papel ou sabão.
A ansiedade em torno destas situações tem até nome clínico: parcopresis (ou síndrome do intestino tímido) e paruresis (dificuldade em urinar em público), esta última já considerada uma forma de fobia social. E embora não haja vergonha em precisar de um WC, o constrangimento persiste — especialmente quando o cenário inclui aviões ou comboios, onde há ainda códigos não escritos sobre o que é ou não aceitável fazer.
40% dos inquiridos admitiram ter urinado numa garrafa em viagem
Alguns dados são tão caricatos quanto preocupantes: 40% dos inquiridos admitiram ter urinado numa garrafa em viagem, 37% deixaram de se limpar por falta de papel e 44% saltaram a lavagem das mãos. E, sim, 1 em cada 12 confessou já ter feito cocó nas calças durante uma viagem. Por outro lado, há quem defenda medidas radicais: 29% acham que deviam ser compensados por se sentarem ao lado de alguém que liberta gases, e 19% defendem mesmo a expulsão de passageiros flatulentos.
Se há moral nesta história, é esta: vá à casa de banho antes de embarcar, leve papel e desinfetante consigo e, por favor, não segure tudo. A saúde digestiva também faz parte da viagem — e todos, sem exceção, estamos no mesmo barco (ou avião).