Começamos já por partilhar uma informação que pode ser útil aquando, nas notícias, vir erupções vulcânicas na Islândia. Há dois tipos de erupções: explosivas, causadas pela acumulação de vapor e gases sob elevadas pressões, que são libertados de forma violenta. Um bom exemplo foi a erupção do vulcão Eyjafjallajökull [eiá-fiátlá-iócót], em 2010, que perturbou o espaço aéreo em dezenas de países; efusivas, caracterizadas por emissões fluidas de lava.

Este foi o tipo de erupção que aconteceu na península de Reykjanes, perto do aeroporto de Keflavík, poucos dias antes de voarmos de Lisboa para a Islândia. O tráfego aéreo não foi afetado e, sendo a atividade sísmica e vulcânica parte do dia a dia dos cerca de 400 mil habitantes desta ilha, a única coisa fora do normal que avistámos foi a cor incandescente da lava quando estávamos prestes a aterrar e uma discreta coluna de fumo quando descolámos.

A MAGG viajou até à Islândia a convite da Play Airlines. A low cost islandesa tem voos diretos de Lisboa (segundas-feiras e sextas-feiras) e Porto (quintas-feiras e sábados) e, em outubro, inaugura a ligação direta entre Funchal e Reykjavík. Os preços dos voos, de acordo com simulação no site, começam nos 250€ (valor que inclui apenas um item pessoal de bagagem).

Lançada em 2021, a Play Airlines conta com uma frota de aeronaves novas. O que significa que, assim que entrámos no avião, tivemos quase a sensação de o estar a estrear. Comparativamente com outras companhias low cost, os assentos são ligeiramente mais largos e mais confortáveis, e o espaço para esticar as pernas também é mais generoso. Entramos no avião, e vemos o que seria objeto da nossa curiosidade durante as duas viagens: a indumentária da equipa de bordo.

Ténis brancos, calças e blazers informais, t-shirts, pólos e cintos com o logótipo da companhia aérea, além de parecerem super confortáveis e modernos, ajudam a criar um ambiente de informalidade e descontração. Adorámos também o facto de, ao contrário do que impõem outras companhias aéreas, os assistentes de bordo poderem ter piercings e tatuagens à mostra. Em vez de usarem placas no casaco com o nome, os tripulantes usam fitas com um identificador. Tal como as demais low cost, qualquer serviço extra durante o voo (bebidas e comida) é pago à parte. Os preços começam nos 3€ (bebidas, snacks) e vão até aos 9€ (um wrap ou uma fatia de pizza, por exemplo).

Aterrámos no aeroporto de Keflavík 40 minutos antes da hora e, logo à saída, tínhamos o Flybus à espera para levar os passageiros para o centro da cidade. Operado pela Reykjavík Excursions, um serviço de transfer do aeroporto para a capital que pode ser reservado online e funciona em duas etapas. Um autocarro maior transporta os passageiros do aeroporto até ao terminal de autocarros de Reykjavík e, dali, consoante a zona da cidade para onde se vá, existem carrinhas marcadas com as cores das diferentes áreas.

A cidade é pequena, tudo está devidamente assinalado e a viagem, contando com a curta paragem para troca de veículo, dura cerva de 50 minutos. O preço (com ida e regresso), de acordo com simulação no site, ronda os 60€ por pessoa. Parece caro, mas sai bem mais barato do que um táxi.

O que fazer

Sky Lagoon

A cerca de 10 minutos do centro de Reykjavík fica o local ideal para começar a experienciar o estilo de vida nórdico. Como? Dentro de água. Esta lagoa artificial, construída de frente para o mar, mistura o conceito muito português de termas, com spa, com piscina ao ar livre. Os banhos de água quente (naturalmente quente, porque estamos numa ilha vulcânica e a água brota de dentro de terra a altas temperaturas) são uma prática comunitária e comum na Islândia, onde não faltam as piscinas ao ar livre, quer sejam naturais, quer sejam construídas pela mão do homem.

Ricas em minerais, as águas geotermais trazem benefícios para o corpo (relaxamento muscular, cuidado da pele) e para o espírito. E a experiência de mergulhar na Sky Lagoon, onde o contraste entre o calor da água e o frio que se faz sentir desperta todos os sentidos, é única.

Aquando a nossa visita à Sky Lagoon, tivemos acesso ao pacote Sky, que dá acesso a uma experiência de sete passos. À entrada, após o registo, é-nos dada uma pulseira com a qual é possível fazer pagamentos no bar que fica em plena lagoa (sim, é possível beber um copo de espumante enquanto estamos de molho) e no restaurante do espaço. A pulseira serve também para abrir e fechar o cacifo que nos é atribuído. As toalhas são fornecidas pelo espaço e, depois dos bens guardados, é só seguir para a lagoa, cuja temperatura ronda os 38 - 40ºC. Depois, o passo seguinte é um mergulho na piscina glaciar. Segue-se a sauna, que tem uma vista incrível para o mar, a bruma energizante, a esfoliação, o banho turco e, finalmente, o duche.

Pela proximidade ao centro da cidade, a Sky Lagoon é um dos pontos turísticos mais procurados. Recomendamos a reserva antecipada online. Os preços começam nos 46€ (passe com acesso apenas à lagoa) e o pacote mais completo, o Sky, tem preços a partir dos 86€.

Sky Lagoon
Vesturvör 44-48, Kópavogur, Islândia

Horários:
21 de novembro - 20 de março: 10h - 22h
21 de março - 31 de agosto: 9h - 23h
1 de setembro - 31 de outubro: 10h - 23h

Contactos: +354 527 6800; info@skylagoon.is

Site; Facebook e Instagram

South Shore Adventure

Num mundo ideal, teríamos um mês de férias para descobrir este país encantado. Mas, com três dias completos e uma manhã para visitar o país de Ingólfur Arnason (considerado o pai fundador da Islândia), nada como optar pelas visitas guiadas. A primeira excursão de um dia que fizemos com a Reykjavík Excursions, a South Shore Adventure,  incluiu paragens pelo glaciar Solheimajokull, pelas quedas de água Skogafoss e Seljalandsfoss e por Vik, onde fica a Reynisfjara, a famosa praia de areia negra, super instagramável, mas cujas ondas traiçoeiras são um perigo (e, no melhor dos casos, provocam banhos inesperados).

Tal como nos avisa o nosso guia, quem visita a Islândia, seja de inverno ou de verão, tem de ter expectativas realistas em relação ao tempo. Porque uma coisa é vermos reels maravilhosos, com quedas de água, glaciares e neve, todos iluminados sob um sol maravilhoso. Outra coisa é por o pé fora do autocarro, estar uma chuva e vento danados e tentar ver o que quer que seja sem ficar completamente encharcado. E aqui impera o lema islandês "þetta reddast", algo como "ver sempre o lado positivo da vida". Impera no dia a dia dos islandeses e é muito útil para quem visita o país. Está a chover? Chapéu de chuva. Está muito frio? Mais uma camada de roupa. Ficámos encharcados? Toma-se um banho depois. As fotos da Reynisfjara ficaram horríveis porque o vento quase nos atirava ao chão e as mãos quase congelaram quando tirámos as luvas? Estivemos lá e é isso que importa.

A Islândia começou a ser habitada no século IX e, até há um século, muitos dos seus habitantes viviam em condições quase medievais, em grutas ou casas cuja proteção contra o frio e as intempéries era frágil. A juntar à meteorologia, há a constante atividade sísmica da ilha, que condiciona o dia a dia dos 400 mil habitantes e que nem sempre é percetível aos quase 2,5 milhões de turistas que, anualmente, visitam a ilha. Em média, conta-nos Erik, há uma erupção vulcânica a cada 4, 5 anos. Mas, nos últimos anos houve sete, "o que é muito excecional".

Apesar de o risco de ficar sem casa, no melhor dos cenários, ser uma realidade, é precisamente a atividade vulcânica que cria a vida, o dinamismo e as características únicas da paisagem islandesa, com as suas ondas rochosas, os seus campos de lava solidificada, essa semelhança a uma paisagem lunar tão difícil de encontrar noutro sítio do planeta.

Com 60 metros de altura e 25 metros de largura, a queda de água Skógarfoss é uma das maiores da Islândia (e a mais famosa, uma vez que apareceu na última temporada da série "Guerra dos Tronos"). Situado entre os vulcões Katla e Eyjafjallajökull, o glaciar Sólheimajökull impressiona, não só pela sua dimensão, mas também pela triste certeza que, a cada ano, fica cada vez mais pequeno (anualmente, desaparecem 60 metros desta formação). 

Perto de Vík, pequena localidade situada a sul, fica a muito fotografada e muito perigosa Reynisfjara. A praia de areia negra, com rochas pontiagudas a despontar do mar e uma formação de basalto a decorar uma gruta e que faz lembrar um gigantesco órgão de tubos, é uma das atrações turísticas mais procuradas. É um local ótimo para, quando o tempo está de feição, fazer fotos e vídeos magníficos, mas aconselha-se prudência e olho sempre fixo na rebentação. Considerada a praia mais perigosa da Islândia, é conhecida pelos banhos não requisitados e também, infelizmente, por ter vitimado dois turistas que, em 2022, se aproximaram demasiado da rebentação.

Com 60 metros de altura, a Seljalandsfoss é uma das quedas de água mais conhecidas da Islândia. É possível, quando o tempo está favorável, caminhar atrás da cascata, onde existe uma pequena gruta. Abaixo, deixamos um vídeo do Instagram, onde é possível perceber a beleza e a grandiosidade desta queda de água. Estivemos lá, palavra de jornalista, mas a condições atmosféricas eram... como descrever... como estar dentro do tambor da máquina de lavar na parte da centrifugação. þetta reddast, baby.

A excursão South Shore Adventure pode ser reservada online no site da Reykjavik Excursions. Dura cerca de 11 horas e os preços começam nos 76€. Os autocarros têm wi-fi gratuito, os guias fazem a visita em inglês e as refeições não estão incluídas no valor (mas há várias paragens ao longo do caminho para comer e idas à casa de banho).

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Estufas de Friðheimar e Golden Circle

"Estufas? Esta malta enganou-se", deve estar o leitor a pensar. Nós também pensávamos que era brincadeira quando vimos o itinerário desta segunda excursão da Reykjavík Excursions. Mas não. A passagem pelas estufas de Friðheimar desmontam a ideia pré-concebida que tínhamos quanto ao cultivo de alimentos na ilha. Embora o solo seja árido e as condições climatéricas desfavoráveis à produção de hortícolas, estas estufas aquecidas a água geotermal provam o contrário.

Aqui, com recurso a energia barata e verde (na ilha, quase toda a eletricidade é produzida com recursos renováveis), é possível produzir tomates para a população comer ao longo de todo o ano. Os tomateiros são cultivados em hidroponia (sem solo) e não são usados quaisquer pesticidas, uma vez que não existem praticamente insetos na Islândia. A polinização das plantas é feita por abelhas (importadas) e há colheita de tomate duas vezes por dia. As estufas, que estão inseridas dentro de uma quinta (onde também é possível ver os cavalos islandeses, espécie única no mundo), têm um restaurante onde é possível provar várias especialidades feitas com os tomates ali produzidos, desde sopa até Bloody Mary.

E, por falar em geotermalismo, nada como visitar o pai de todas as nascentes eruptivas, o pater familias de todos os géiseres, o Geysir. A Islândia só tem dois destes fenómenos (nos Estados Unidos, por exemplo, existem 120) mas assistir a esta explosão de água a ferver não cansa. Rodeado de um campo fumegante, onde o vapor e a água borbulham à superfície, o Geysir expele água a ferver a cada 5, 10 minutos. E tão divertido quanto estar a olhar para a massa de água a borbulhar, a encher para, depois, disparar a 15 metros de altura, é ver a criatividade fotográfica das centenas de turistas que diariamente por ali passam e que querem captar a explosão. Ora numa selfie, ora num vídeo, ora em criações mais elaboradas, dignas de Spielberg.

O Golden Circle (Círculo Dourado) é uma rota circular que inclui alguns dos pontos turísticos mais procurados da Islândia. O nome deve-se à principal atração deste circuito, a Gullfoss, uma queda de água cm 31 metros de altura, onde a água do rio river Hvítá cai a uma velocidade estonteante, podendo formar, nos dias de sol, um arco de luz dourado.

A visita ao Golden Circle termina com uma passagem (muito curta, infelizmente) ao Þingvellir, um dos sítios mais simbólicos e especiais da Islândia. Aqui situa-se o Parque Nacional Þingvellir, e é aqui que converge a História da Humanidade e a História da Terra. Foi este o local escolhido no século X para formar o primeiro parlamento da Islândia, tendo sido também nesta localização que se realizaram importantes reuniões que conduziram à independência do país da Dinamarca, declarada em 1918. O vale onde se situa o Þingvellir é, literalmente, uma fissura entre duas placas tectónicas: a das Américas e a da Eurásia. Aqui, pode caminhar-se entre dois continentes e também mergulhar.

Silfra
Silfra créditos: Visit Iceland

A fenda Sifra, que permite mergulhar literalmente entre dois continentes, é procurada por amantes de snorkeling e mergulho, que vêm do mundo inteiro em busca das águas cristalinas, que proporcionam uma visibilidade incomparável.

A excursão The Golden Circle & Friðheimar Greenhouse da Reikjavik Excursions pode ser reservada online no site da empresa. Dura cerca de oito horas e os preços começam nos 56,71€. Os autocarros têm wi-fi gratuito, os guias fazem a visita em inglês e as refeições não estão incluídas no valor (mas há várias paragens ao longo do caminho para comer e idas à casa de banho).

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Onde comer

Monkeys

Depois de um dia no meio da natureza, com muita neve e frio à mistura, jantar no Monkeys é ter o melhor dos dois lados da Islândia: o selvagem e pristino, e o moderno e cosmopolita. Com 140 mil habitantes, Reykjavík é uma cidade pequena, visitável a pé. A rua principal da cidade, a Laugavegur, está repleta de comércio, restaurantes e bares que, mesmo com o frio e a neve, estão repletos de vida e animação. Numa das ruas laterais fica o Monkeys, restaurante especializado em gastronomia Nikkei.

Esta fusão entre influências japonesas e peruanas resulta num menu diversificado, onde a Ásia e a América do Sul casam na perfeição e onde também existem os ingredientes locais, como o bacalhau. A decoração moderna e luxuosa, com dois pisos, espaço para refeições, bar e um incrível The Champagne Train (a recriação de uma carruagem de comboio onde é possível beber uma taça de espumante ou um cocktail), tornam o Monkeys o local perfeito para largar as botas e o impermeável, vestir uma roupa gira e desfrutar da movida islandesa.

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A cozinha está a cargo do chef Snorri Sigfússon, ladeado pelos chefs Andreas P. Williams Gunnarsson e Ólafur Ágúst Petersen (esta última chef de pastelaria). Aceitámos a sugestão do chef, o menu de cinco momentos, composto por tártaro de atum com banana-da-terra crocante, salmão tiradito, maki surf and turf, gyozas de frango estaladiças, bacalhau em miso doce e, para sobremesa, chocolate e caramelo salgado. Este menu pré-definido tem o custo de 12990 coroas islandesas (86,26€) e pode ser acompanhado por pairing de vinhos com o custo adicional de 9490 coroas islandesas (63€).

Monkeys
Klapparstígur 28, 101 Reykjavík, Islândia
Contactos: +354 519 5350 – info@monkeys.is
Horário: Domingo a sexta-feira, 12h - 22H, sábado, 12h - 23h

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OTO

De Reykjavík até Tóquio são quase 18 horas de viagem. Mas, se estiver no centro da capital da Islândia, só precisa de caminhar uns minutos para provar um delicioso milk bread, feito ao melhor estilo japonês. Este pão fofo, pincelado com manteiga derretida, fez parte do nosso couvert, no jantar que tivemos no OTO.

O menu, que combina as gastronomias japonesa e italiana, é da autoria de Sigurður Laufdal, um dos mais conhecidos e premiados chefs islandeses. O espaço, sofisticado e trendy, convida a começar a refeição com um cocktail, que foi exatamente o que fizemos, com o Geisha (3190 coroas islandesas, cerca de 21€). Aceitámos a sugestão do chef e, depois do hokkaido (pão de leite japonês, 1890 coroas islandesas, 12,50€), acompanhado por uma incrível pasta de tofu com sementes de sésamo e óleo de nori e hortelã (950 coroas islandesas, 6,30€), provámos o menu OTO kaiseki (13900 coroas islandesas, 92,30€).

A burrata com figos, avelãs, beurre noisette e canela, o alabote com daikon, pera e umeboshi e a vieira com espinafre, soja com citrinos e togarashi foram os três primeiros pratos que provámos. Delicados e equilibrados, foram prólogo para uma bomba de sabor, provavelmente dos melhores pratos que já provámos: cappelletti recheados com cordeiro, cogumelos shiitake e shimeji e chili. O sabor intenso do cordeiro, a delicadeza da massa, o caldo aromático, tudo combinou na perfeição para nos trazer à memória os sabores tradicionais da Páscoa (nem a propósito).

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Terminámos de forma igualmente intensa, com fraldinha estufada com cogumelos-castanha e ponzu de rabo de boi, acompanhado com o que nos foi apresentado como o arroz da casa, adornado com sementes de sésamo e algas crocantes. Terminámos com uma obra de arte doce, o OTO Lemon, um limão recheado de menta, amêndoa e um creme ácido e doce.

OTO
Hverfisgata 44, 101 Reykjavík, Islândia
Contactos: +354 4549900; oto@oto.is
Horário: Terça-feira a sábado, 17h30 - 23h

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Anna Jóna

Junto ao porto velho de Reykjavík fica uma das zonas mais procuradas da cidade para jantar, beber um copo ou sair à noite. E é ali, com janelas enormes e vista para o mar que fica o Anna Jóna. Este restaurante e bar, que tem também uma sala privada, a Blue Room, onde acontecem várias atividades culturais (na noite em que lá jantámos estava a acontecer a apresentação do novo álbum de uma artista local), podia perfeitamente ter sido cenário do filme "Barbie". Não só porque é cor-de-rosa, mas porque tudo está decorado de forma tão instagramável que estamos tentados a importar o conceito.

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Vamos já dizer algo que vai chocar os puristas. O pão na Islândia é maravilhoso. O café também, mas o pão... incrível. Seja no hotel, numa mera sandes comprada no supermercado, seja o pão com massa mãe que comemos no Anna Jóna, nenhum nos desiludiu. A manteiga, que é feita com leite de vaquinhas islandesas, também é deliciosa, assim como as azeitonas curadas com limão (990 coroas islandesas, 6,57€). E foi com esses dois parceiros com começámos a nossa degustação neste restaurante que podia ser da Barbie.

Provámos um queijo haloumi grelhado com beterraba e hortelã (que, curiosamente, não estava no menu), seguido de um delicioso tamboril com couve kale e molho de manteiga (3290 coroas islandesas, 21,84€). Terminámos com um delicioso crème brûlée (1990 coroas islandesas, 13,21€), que tinha a superfície estaladiça e bem caramelizada, como se quer.

Anna Jóna
Hafnarhvoll, Tryggvagata 11, 101 Reykjavík, Islândia
Contacto: +354 553 2099; reservas aqui
Horário: Terça e quarta-feira, 12h - 21h; quinta-feira a sábado, 12h - 22h; domingo, 12h - 16h

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Onde dormir

Center Hotels Laugavegur

A menos de 30 minutos a pé das mais populares atrações de Reykjavík (Hallgrímskirkja, catedral luterana, Harpa, sala de concertos e centro de conferências, e Perlan, museu de História Natural), este hotel de quatro estrelas, em plena avenida principal da cidade, a Laugavegur, é o local ideal para conhecer a capital da Islândia e também para, dali, entrar nas carrinhas ou autocarros das mais variadas excursões, uma vez que existe uma paragem turística mesmo à porta.

Logo à chegada fomos recebidos no nosso idioma, uma vez que um dos funcionários da receção, Eduardo, é natural de Leiria. Tal como a restante equipa do Center Hotels Laugavegur, aqui respira-se um ambiente internacional e cosmopolita, com staff vindo um pouco de todo o mundo, e sempre com uma simpatia e energia contagiantes.

Além do lobby, que conta com sofás, puffs e uma lareira acolhedora, o piso de entrada do hotel conta ainda com uma mesa corrida, com tomadas e entradas USB, onde é possível fazer tranquilamente uma reunião de trabalho via zoom, colocar a escrita em dia ou só navegar na net. Os quartos são espaçosos e acolhedores, com os requisitos essenciais para uma noite de descanso retemperadora antes de sairmos novamente para o frio.

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O restaurante Lóa, onde de manhã é serviço o pequeno-almoço, tem jantar buffet, com propostas de inspiração mediterrânea, com preço por pessoa de 6990 coroas islandesas (46,50€). Não jantámos no hotel mas, de manhã, adorámos não só a variedade da oferta de pães mas também a existência de alguns produtos islandeses, como o cremoso skyr, a manteiga local e também o popular Artic Caviar, uma salgada pasta para espalhar no pão feita de ovas de bacalhau (um gosto adquirido mas apreciámos).

Center Hotels Laugavegur
Laugavegur 95-99, 101 Reykjavík
Contactos: +354 595 8570; laugavegur@centerhotels.com

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De acordo com simulação feita no site do hotel para o fim de semana de 13 e 14 de abril, o preço por noite num quarto de tipologia superior double ou twin, com pequeno-almoço incluído, começa nos 202,50€.

A MAGG viajou a convite da PLAY Airlines. O registo fotográfico e vídeo foi feito com o Samsung Galaxy S24 Ultra

Agradecimentos: