Em São João da Madeira, a cidade que já foi o epicentro da indústria da chapelaria portuguesa, há um novo motivo para erguer a cabeça. Esta sexta-feira, 15 de agosto, abre portas o Meliá São João da Madeira, instalado no icónico Palacete dos Condes Dias Garcia — um edifício que atravessou séculos, ocupações e até um incêndio, e que agora regressa à vida com o charme do passado e o conforto contemporâneo.
Construído na viragem do século XIX para o XX, o palacete é um exemplo notável do chamado “estilo abrasileirado” ou “arquitetura dos brasileiros” — um género arquitetónico nascido das fortunas feitas no Brasil e investidas em Portugal. António Dias Garcia, o homem que o mandou erguer, fez fortuna no outro lado do Atlântico, patrocinou obras de caridade tanto no Brasil como na sua terra natal e acumulou títulos honoríficos, incluindo o de Conde concedido em 1928 pelo Papa Pio IX.
Ao longo da sua história, o edifício foi instituto de línguas, centro de formação da indústria do calçado, liceu e tribunal, até que um incêndio em 1990 o deixou desocupado durante três décadas. Renasce agora como hotel de 4 estrelas do grupo Hoti Hotéis, com 93 quartos, duas piscinas — uma interior e outra exterior —, centro de bem-estar e espaços para reuniões e conferências.
A gastronomia também ganha protagonismo no Restaurante Conde e no Bar Chapelaria, homenagens subtis ao legado local e ao passado do palacete. No prato, a promessa de cozinha cuidada; no copo, momentos para saborear devagar.
Localizado no coração da cidade, o Meliá São João da Madeira quer ser mais do que um alojamento: é um ponto de encontro entre história e hospitalidade. Os preços começam nos 99€ por noite na tipologia mais básica, com pequeno-almoço incluído, e vão até 148€ nos quartos premium com terraço. Uma forma elegante de provar que, por aqui, chapéus há muitos… mas só este tem vista de conde.